segunda-feira, julho 19, 2004

Três pequenas e cretinas histórias infantis

História 1
José estava a jogar ao berlinde com os amigos quando sentiu comichão no cotovelo. A princípio tentou ignorar o prurido que lhe afectava o ângulo saliente da articulação do braço direito com o respectivo antebraço. Mas não conseguiu. Para além disso, a aflição levou-o a desconcentrar-se e a falhar o berlinde que alvejara. Irritou-se. Afastou-se um pouco do círculo de amigos, coçou-se e voltou ao jogo. Não falhou mais nenhuma jogada. Fim

História 2
O Marco gostava da Luísa. A Luísa não gostava do Marco. Gostava era do Júlio. Durante a aula de Francês, o Marco mandou um bilhete à Luísa. «Amo-te», dizia o bilhete. A Luísa respondeu. Também com um bilhete. «És feio e não gosto de ti. Gosto é do Júlio», dizia o bilhete. O Marco sentiu-se humilhado e choramingou. À saída da aula, para vingar-se, apalpou o rabo à Luísa. A Luísa gritou. Deu-lhe um tabefe. O Júlio, que de longe assistira a tudo, aproximou-se deles e também deu um tabefe ao Marco. Perante tamanha agitação, a professora abeirou-se dos meninos e perguntou: «Mas o que se passa aqui?». «Estamos a brincar aos tabefes», respondeu o Marco, esbofeteando a professora. Foi expulso da escola. Fom.

História 3
O pai do Teodósio era advogado e queria que o filho lhe seguisse as pisadas. O filho fazia-lhe o favor e seguia-lhe as pisadas. Com tamanho afinco que, por vezes, até tropeçava nos pés do pai. Mas ser advogado, isso é que não. O que o Teodósio queria era ganhar a vida a tocar rabecão. «Rabecão?! Mas que raio é isso?», perguntou-lhe o pai. «É um instrumento musical análogo a uma grande rabeca, de sons graves», explicou-lhe o Teodósio enquanto escondia uma fatia de pudim no bolso de trás dos calções. «Duvido que consigas ganhar a vida assim, filhote. Mas tu é que sabes...», respondeu o pai. «Sei?!», perguntou Teodósio, surpreendido. «Então assim não tem piada...». Abandonou a ideia e tornou-se homossexual.
Fum